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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pirâmide ou prato: as mesmas dificuldades



Por CITEN

Na primeira semana de junho, um símbolo da nutrição caiu por terra nos EUA. A Pirâmide Alimentar foi substituída por um gráfico em forma de prato - My Plate - como principal ferramenta de educação nutricional para a população. A idéia desses símbolos seria tentar ensinar a proporção ideal dos alimentos a partir de um gráfico simples. Um grande desafio que certamente não atende à complexidade da elaboração de uma dieta ideal e que tenta simplesmente chamar atenção para seus pontos básicos.

Um programa de educação nutricional em grande escala precisa de um símbolo, que deve ser simples. Não adianta ser complexo ou conter informações pormenorizadas de nutrição, para um público que precisa de noções básicas. De posse delas, as pessoas estarão aptas a compreender e colocar em prática conceitos nutricionais mais elaborados e completos. Nesse contexto, a pirâmide alimentar e possivelmente o "my plate" cumprem o seu propósito.

A Pirâmide Alimentar é eficiente em mostrar a proporcionalidade dos alimentos, é útil quando ensina quantas porções de cada grupo nós podemos ingerir diariamente, prega o princípio da variedade dos alimentos e exibe em seus degraus os vários tipos de carboidratos, frutas, verduras e legumes, os diferentes tipos de proteínas, gorduras e açúcar.


Criticam a pirâmide por ela omitir as diferentes formas de gorduras, boas e más; por ela colocar em um mesmo nível a indicação de um pão integral ao lado de um pão francês e, principalmente, porque ela dá margem à adaptações usando alimentos processados no lugar dos alimentos naturais. Entretanto, essas informações não podem ser veiculadas de maneira tão simples em um gráfico e ele não substitui a orientação nutricional individualizada. Quanto aos alimentos industrializados, impossível viver ser eles, ou comer sem eles. A industrialização dos alimentos é um fato definitivo e precisa ser abordada nas recomendações nutricionais individualizadas, com uma análise que pode ser muito útil para as pessoas em geral.

Com o novo símbolo, as informações parece-nos ainda mais simplificadas. Ele ensina montar um prato com cerca de ¼ de cada grupo de alimentos, ou seja, carboidratos, proteínas, frutas e verduras. Não há menção das gorduras, os carboidratos também não são diferenciados, podendo ser uma pasta, um pão, uma porção de arroz ou até uma bolacha. Há que ser ter muito mais informações com esse novo símbolo.

Considerando o padrão alimentar americano, voltar ao prato é uma idéia genial e envolverá certamente uma grande mudança de estilo de vida. O objetivo principal dessa mudança seria mesmo esse. Além disso, outro foco dessa campanha, na qual a primeira dama Michelle Obama está aparentemente muito empenhada, é a redução das porções dos alimentos. Isso significa que eles podem até escolher uma lasanha para compor esse prato, mas ela deverá ocupar apenas ¼ do prato. Se eles conseguirem essa façanha, certamente a campanha será vitoriosa.




www.citen.com.br

1 Comentários:

Daniela Sousa disse...

Na verdade e infelizmente todos os guias alimentares são incompletos e tem suas complexidades. Conseguir uma forma simples e prática que explique à população sobre o quê e quanto comer corretamente tem sido um desafio. Porém comparando a pirâmide com o prato acho que a pirâmide ainda tá na frente. O prato é simples, mas deixa a desejar e muito e isso o torna complexo. Mas questiono o foco da campanha. O foco deveria ser uma reeducação alimentar para hábitos e alimentação mais sudável. Mas em se tratando dos EUA uma redução no consumo é sim uma grade coquista.

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