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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Fome e saciedade: uma relação delicada - Parte I


Por CITEN

A fome é normal e bem vinda. Nada como comer com fome. Tudo parece mais gostoso e atrativo. É exatamente porque sentimos fome que protegemos nossos estoques de energia e mantemos nossos níveis de açúcar dentro de uma faixa normal, para atender às nossas demandas. Três ou quatro horas depois de uma refeição, à medida em que nossos níveis de açúcar no sangue começam a cair, ocorre um estímulo progressivo aos centros neurológicos da fome no cérebro e buscamos comida. Respeitar esse tempo entre uma refeição e outra é nosso principal aliado para sentirmos 'uma fome normal'.

Há uma crença equivocada de que a sensação de fome está alterada nas pessoas que comem muito e/ou que são obesas. Muitas delas chegam ao consultório desejosas de tomarem algum medicamento que 'corte' a fome. A crença é de que essas pessoas têm mais fome do que as demais pessoas que comem menos. Grande equívoco. As pessoas que comem mais e/ou são obesas têm na realidade uma grande falha nos sinais de saciedade. Ou seja, comem, não se sentem saciadas e continuam comendo. Mesmo assim, muitas vezes, até interrompem a refeição, mas mediante um grande esforço, pois comeriam muito mais se pudessem.

É natural e corriqueira a ligação de fome à ansiedade. Nesses casos, comemos automaticamente ou regidos por impulso. Isso não é fome. Nessas ocasiões, geralmente, comemos alimentos que gostamos muito, que causam prazer. Muitos pacientes dizem acalmar-se ao ingeri-los. O consumo de alimentos pouco palatáveis nessas ocasiões ou o impulso de comer alimentos que nem apreciamos já se configura num quadro mais grave de ansiedade e a possibilidade da ocorrência de compulsão alimentar. Isso tanto é verdade que, nesses casos, é equivocada a utilização de medicamentos para abolir a fome, pois as pessoas continuam a comer compulsivamente guloseimas e a beliscar, passando a abolir o que é mais importante, as refeições básicas.

Além da ansiedade, a fome está associada às alterações do humor. Encontramos quadros de depressão, onde os pacientes aumentam muito o consumo de alimentos, mas os casos mais graves estão relacionados à total inapetência e perda de peso. Essas formas de doenças psiquiátricas que influenciam os sinais de fome e saciedade revelam claramente o perfil anormal do apetite e sua nítida diferença das formas normais de fome.




2 Comentários:

Maria Reis disse...

Bom dia!!

Otimo post, gosto de vir sempre aqui,isso me motiva muito!!

bjos e um ótim dia!

Adrianna Alvarez disse...

Muito interessante a matéria!

Um grande beijo

www.emporiocasadachiquinha.blogspot.com

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