Uma pesquisa feita na Universidade do País Basco (UPV/EHU), Espanha, mostrou que análises das flutuações emocionais dos indivíduos podem prever se algum deles serão mais propensos a desenvolver transtornos alimentares do que os outros.
A autora, Aitziber Jimeno, pesquisadora envolvida na pesquisa, estudou como os detalhes de variáveis emocionais, em mulheres com risco de desenvolver esses transtornos, funcionava, e os comparou aos dados coletados em mulheres que já haviam desenvolvido o transtorno anteriormente.
Para isso, a pesquisadora focou temas específicos. O primeiro ponto foi observar como as respostas a experiências emocionais influenciavam suas dietas (se emoções negativas, ansiedade e baixa autoestima tinham reflexo na variação do peso desses indivíduos). Outra questão observada foi como essas mulheres enxergavam as suas próprias emoções. Finalmente a pesquisa observou a capacidade de responder adequadamente às emoções alheias, assim como traços de alexitimia (a falta de habilidade de reagir emocionalmente ou mesmo de reconhecer as emoções faciais ou verbais de outras pessoas).
Outro ponto observado pelo estudo, e que apesar de não ter relação com as emoções é importante para determinar a predisposição a transtornos alimentares, foi o nível de necessidade de “controle” sobre as situações cotidianas que as participantes da pesquisa indicavam. Pessoas com essa necessidade são mais propensas à ansiedade quando percebem que podem perder o controle de uma situação.
Os resultados apontam que quanto mais negativo o conjunto dessas emoções – e a consequente percepção dessa negatividade – maior é a predisposição do desenvolvimento desses transtornos alimentares. As variações de peso associadas às variações de humor – como comer excessivamente quando nervosa, ou deixar de comer quando triste, por exemplo – e o nível de impulsividade dos indivíduos observados também indicavam maior risco de desenvolvimento de transtornos.
“Os transtornos alimentares são condições sérias que podem ter consequências físicas, mentais e sociais, e são o tipo de transtorno que se instaura facilmente de forma coletiva – em grupos de pessoas que se influenciam mutuamente –, especialmente em mulheres”, diz a autora. A pesquisa pode ajudar profissionais de saúde e de psicologia a estabelecer estratégias de ajuda e prevenção para esse tipo de transtorno.
-com informações da Basque Research at UPV/EHU
Fonte: O que eu tenho?
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